Considerado o principal telejornal do país, o “Jornal Nacional” sempre ditou normas às redações das concorrentes, principalmente em relação ao rígido formato de dois apresentadores na bancada. Já houve uma época em que ninguém arriscava programar um telejornal para uma faixa que antecedia ao JN com medo de perder alguma notícia importante. Uma outra estratégia era divulgar a todos que em outra emissora havia comentaristas e mais espaço para as questões dos telespectadores. Mas, aos poucos, os executivos das emissoras perceberam que o melhor era exibir seus telejornais antes do “Jornal Nacional” numa tentativa de atrair um público que não gostava das novelas da Globo. Atualmente há uma concorrência, inclusive no próprio horário, o que levou o “Jornal Nacional” a viver um novo patamar de audiência.
Na quarta-feira de Cinzas, o JN marcou 29 pontos de média. Na mesma noite, o “Jornal da Record” atingiu 10 de média, o “SBT Brasil’ 8, o “Jornal da Band” 5 e o “Rede TV News” 2 pontos.
“Jornal Nacional” e “Jornal da Record” são muito semelhantes (inclusive no cenário/redação), econômicos nos comentários e com espelho (ordem de entrada das matérias) praticamente igual. O “SBT Brasil” tenta buscar um diferencial através de um tom mais informal , “Jornal da Band” explora os bons comentários de Joelmir Betting e o “Rede TV News” ainda precisa vencer a projeção do sempre elogiado “Leitura Dinâmica”.
O fato é que, no decorrer deste ano, as cinco redes do país (Band, Globo, Record, Rede TV e SBT) pretendem investir pesado em jornalismo. Mais do que novas contratações, nos planos das emissoras estão reportagens especiais, recursos gráficos e maior espaço ao telespectador.
Por: José Armando Vannucci
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